Arquitetura cearense é diferencial no mercado
Fortaleza, diferentemente das diversas regiões do País, destaca-se no quesito inovação, razão pela qual atrai olhares de investidores do Brasil e do mundo. Outro fato a ser considerado é possuir localização geográfica privilegiada. É a capital brasileira mais próxima da Europa e dos Estados Unidos, cerca de seis horas e meia de voo, e com apenas três horas e meia de avião, já se explora o continente africano. E isso faz com que a arquitetura dos edifícios e residências de nossa Capital tenham um diferencial, um charme a mais, movimentando o mercado.
Ser meio “esquina do mundo” também faz com que a cidade converse com outras culturas mais facilmente. A possibilidade de conhecer e trocar experiências diversas, pensamentos, modos de viver, isso tudo gera a inventividade humana. Nesse contexto surge o arquiteto, um profissional que reúne habilidade técnica, sensibilidade, ousadia, arte e tantos outros atributos. “O Ceará é uma terra diferenciada do Brasil todo, e um caso único no mundo. Parece que as origens do povo cearense, essa miscigenação com muitos sírios, libaneses, espanhóis, portugueses, aqui em nosso escritório falamos 14 idiomas, pois temos arquitetos portugueses, espanhóis, italianos, portugueses, caboverdianos, dentre outros”, explicou o arquiteto Luiz Deusdara, que tem projetos espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
Seu escritório completou 30 anos de existência, em agosto, e procura fazer uma grande mistura de ideias, pois tem unidades no Brasil, Portugal, Espanha, Romênia, Cabo Verde e Moçambique.
“Faço uma mistura desses arquitetos todos, levando brasileiros para a Romênia, trago romenos para cá, levo para Moçambique. Então você imagina um projeto desenvolvido por um arquiteto português, que tem um jeito de projetar mais sereno, com um arquiteto moçambicano, que tem um senso estético colorido, completamente diferente, com um italiano, que tem uma linha de design mais refinada, sofisticada, com um brasileiro. Você mistura isso tudo e sai o que eu chamo de invenção humana, de você não ser dono de ideia nenhuma, fazer parte dela e compartilhá-la. Pois o conhecimento só cresce quando você o partilha, assim como a arquitetura”, disse.
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